Ele conseguiu bater no tubarão e escapar em um bote de resgate.
Cerca de 70 ataques não provocados de tubarão têm sido registrados por ano no mundo, resultando em cerca de dez mortes. Ou seja: em termos globais, a probabilidade é maior de morrer sendo atingido por raios ou de picadas de abelhas do que por tubarões.
Mas os números de ataques têm crescido constantemente a cada década, provavelmente em decorrência do aumento da população humana global e de sua presença mais constantes nas águas.
Ante os aguçados sentidos de olfato, paladar, audição e visão do tubarão, como se precaver de um eventual ataque? E o que fazer se for atacado?
Eis algumas dicas, compiladas pelo biólogo George H. Burgess, do Museu de História Natural da Flórida (EUA):
Evite a água do mar no período entre o pôr do sol e o nascer do sol – É nesse período que os tubarões estão mais ativos.
Também é bom evitar nadar durante ou depois de tempestades, que deixam as águas turvas e agitam os peixes dos quais os tubarões se alimentam. Esse cenário pode impedir o tubarão de distinguir entre suas presas e seres humanos.
O mesmo raciocínio se aplica a nascentes de rios, onde as águas costumam estar lamacentas.
Fique em grupo – Pessoas desacompanhadas têm mais chance de serem atacadas do que as que permanecem em grupo.
E é bom não se distanciar demais da costa – quanto mais longe, mais demorado será o socorro.
Pense no que você vai vestir
Evite ornamentos (como bijuterias) brilhantes, porque a luz refletida faz lembrar as escamas de peixes.
Tampouco use roupas de cores muito claras ou estampas, porque os tubarões são especialmente bons em identificar contraste.
Estão sendo testados trajes especiais, com listras, que se assemelhem a cobras marinhas venenosas. O objetivo é ver se esses trajes servem de advertência ao tubarão – de que a carne humana não deve ser comida.
Evite águas usadas por pescadores (amadores ou comerciais) – Os tubarões são capazes de sentir odores emitidos pelas iscas, mesmo a grande distância. Então é bom ficar longe de águas em que pescadores estejam usando varas e de rotas pesqueiras.
Evite águas contaminadas (ou em processo de contaminação) – Fique longe de águas que recebam esgoto, e nunca entre no mar se estiver sofrendo algum sangramento. As duas coisas podem atrair tubarões.
Fique atento às presas dos tubarões – Se outros mamíferos marinhos (como focas) estiverem por perto, é possível que tubarões também estejam por ali.
Vale ficar de olho, também, em peixes que sirvam como isca ou outros animais se alimentando – por exemplo, pássaros mergulhando na água para comer. Animais (como tubarões) que comem a mesma comida podem estar por perto.
Lembre-se: um predador nunca fica muito longe de sua presa.
Não fique espirrando água – Tente não espirrar ou mover demais a água, para evitar fazer os mesmos movimentos feitos pelas comidas favoritas do tubarão.
Pelo mesmo motivo, evite deixar animais de estimação na água, já que eles espirram muita água.
Atenção ao local onde você nada – Provavelmente não é uma boa ideia nadar entre bancos de areia ou perto de áreas íngremes no oceano: essas são algumas das regiões favoritas para tubarões se reunirem.
Mantenha distância de águas infestadas por tubarões – Fique longe da água se souber que há tubarões presentes e saia da água se os animais forem avistados ali perto.
Se vir um tubarão, fique quieto – Se vir um tubarão, fique onde está, o mais quieto possível. A maioria dos tubarões ficará apenas curiosa e provavelmente vai embora por conta própria.
Tente permanecer calmo. Ataques são eventos raros.
Se atacado, responda agressivamente – Se você for atacado, a regra básica é: faça o que precisar para se desvencilhar, mas faça-o calmamente.
Tente lutar e assustar o tubarão. O melhor jeito de fazer isso é atingir o nariz do animal.
É possível também bater nos seus olhos e guelras (órgãos respiratórios), dois dos órgãos mais sensíveis do tubarão.
Nunca desvie o olhar do tubarão e defenda seu corpo (e as laterais dele) com alguma “arma”, como a prancha de surfe – sem usar as mãos. (Fonte: G1)
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