Apagão - Assista Vídeo
“Deus é brasileiro e vai fazer chover e aliviar a situação dos reservatórios de água no Sudeste”, disse o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga.
À espera da divina providência, o governo prometeu reforço no fornecimento de energia para as regiões mais afetadas pelo apagão, mas as causas só serão conhecidas em 90 dias.
Para explicar parte das dificuldades do sistema elétrico, o ministro citou o que já se sabe: a falta de chuva por dois anos seguidos.
Sobre o futuro dessa situação, ele se mostrou um homem de muita fé. “Deus é brasileiro, nós também temos que contar de que Ele vai trazer um pouco de umidade e um pouco de chuva para que a gente possa ter mais tranquilidade ainda”, declara Eduardo Braga, ministro das Minas e Energia.
Na coletiva, o ministro leu um relatório técnico, disse que uma usina de grande porte, no Paraná, foi desligada indevidamente, seguida de outros desligamentos de 10 usinas, por motivos diversos.
Eduardo Braga reconheceu que, se não houvesse atrasos em obras de grandes hidrelétricas na Região Norte, como Belo Monte e Jirau, a situação da geração de energia estaria diferente, mas negou, mais uma vez, que o apagão de segunda-feira (19) tenha relação com o pico de consumo no horário em que o Operador Nacional do Sistema (ONS) mandou as distribuidoras cortarem a carga.
Apesar de negar o risco de racionamento e não associar o apagão à falta de energia, o ministro anunciou que haverá reforço. O sistema vai receber mais de 1500 mega watts, uma parte de Itaipu e de usinas térmicas da Petrobras que estavam em manutenção.
Operador Nacional do Sistema (ONS)
No Rio de Janeiro, depois de uma reunião com técnicos da concessionária de energia, o diretor-geral, Hermes Chipp, disse que o abastecimento teve que ser interrompido parcialmente porque os sistemas de proteção de algumas usinas geradoras foram acionados automaticamente.
Ele reconheceu que estes sistemas devem passar por ajustes, mas negou que tenha havido falhas humanas ou técnicas. “Não foi apagão, foi um corte preventivo de cargas feito pelo operador para evitar um desligamento de maiores proporções. Não há problema no sistema e esse problema não vai se repetir”, diz Hermes Chipp, diretor do ONS.
Em nota, a Companhia de Energia do Paraná (Copel), afirma que o desligamento da Usina Governador Ney Braga foi consequência de uma variação de frequência provocada por uma falha de transmissão de energia, o que levou ao desligamento de proteção das 11 usinas.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) confirmou a informação e disse que, antes desse mecanismo ser ativado, o ONS teve de fazer um corte de 5% na carga, o que evitou um colapso do sistema. (Fonte: Giovana Teles e Carlos de Lannoy/G1)
Leia também:
Petrobras e os preços, recomendações e mais 7 notícias são destaques
Veja Mais noticias sobre Brasil