Mas o narrador da Globo está exagerando mais do que de costume. Nesta tarde, descrevendo Brasil e Camarões, ele vestiu a fantasia de Pacheco antes de a partida começar e não tirou mais, até o fim.
Um dos momentos mais constrangedores do seu entusiasmo exagerado em defesa do Brasil ocorreu no intervalo. Ronaldo e Casagrande, como todos os espectadores, não estavam satisfeitos com o desempenho da seleção, mesmo vencendo por 2 a 1 no primeiro tempo. “Cadê o sorriso?”, cobrou o narrador.
“Você não está exigente demais?”, criticou Galvão. O ex-jogador, então, se sentiu obrigado a justificar: “A gente quer espetáculo.” Casagrande, da mesma forma, teve que se explicar. Parafraseando os Titãs, disse: “A gente não quer só ganhar. A gente quer espetáculo e arte”.
Outro momento de patriotismo exagerado ocorreu depois do terceiro gol, de Fred. O tira-teima da Fifa mostrou que o atacante brasileiro estava em posição de impedimento. Galvão não se conformou: “A própria Fifa já admitiu que não funciona”, “cornetou” o narrador.
Não satisfeito, minutos depois, informou que o tira-teima da Globo iria mostrar que Fred estava em posição legal. “Não podemos mostrar durante a transmissão por questões contratuais”.
Como de costume, Galvão também deu mostra de seus poderes de vidente. “Quem entende de leitura labial pode me ajudar e dizer o que o Felipão falou pro Neymar?”, perguntou, antes de emendar: “Deve ter falado pro time jogar pra frente”.
A execução do hino nacional pelo público do estádio Mané Garrincha deixou o locutor enlouquecido, apesar de ter se tornado rotineiro: “A cada vez que acontece emociona mais”, disse.
Como se fosse necessário, Galvão pediu ao repórter Tino Marcos para avisar Felipão, quando a partida estava 3 a 1, que o técnico deveria ficar atento com o placar de México e Croácia, para garantir o primeiro lugar no grupo. Só rindo, Pacheco. (Fonte: Mauricio Stycer/UOL)
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