Levantamento feito pelo G1 com base nos dados do instituto mostra que a média das temperaturas máximas dos 31 dias do mês é 31,9ºC. Com isso, a média de janeiro deste ano ultrapassa à de fevereiro de 1984 (31,8ºC) como a maior já registrada para um mês do ano na capital.
Se comparada apenas com meses de janeiro, a média é 1ºC superior ao recorde anterior, de 1956, quando foi registrada uma média de 30,9ºC. Todos os dados são referentes às medições aferidas pelo Mirante de Santana, na Zona Norte, ponto de verificação oficial da cidade.
Em apenas cinco dias do ano a máxima ficou abaixo de 30ºC – a menor delas foi no dia 16 (27,9ºC), ainda assim acima da média para um mês de janeiro.
As chuvas escassas, em razão da ausência de frentes frias, ajudam a explicar o calor na capital, segundo o meteorologista Marcelo Schneider, chefe da Seção de Previsão do Tempo do Inmet em São Paulo. Desde o início do ano, há uma chuva persistente entre Minas Gerais e Espírito Santo, que já deixou várias cidades em situação de emergência. “Foi formado um canal de umidade mais concentrado naquela área, resultando em chuva excessiva na região. E se chove muito numa região, acaba compensando em outra”, diz.
Mesmo nos dias em que foram registrados temporais e regiões de São Paulo entraram em estado de emergência, as temperaturas ficaram acima do normal. A temperatura mais alta de janeiro deste ano foi verificada no dia 3: 35,4ºC – a nona maior temperatura máxima já registrada pelo Inmet na história. A Prefeitura diz que a sensação térmica chegou a 46ºC na Penha, Zona Leste da cidade.
Além das altas temperaturas, o paulistano também tem sofrido com a baixa umidade do ar. Nesta quarta (29), foi registrado um índice de 21,4% – o menor desde 1985.
Previsão – Neste fim de semana, São Paulo deve continuar com temperaturas elevadas. Segundo o meteorologista do Inmet Franco Villela, há possibilidade de chuvas isoladas no domingo e na segunda, mas elas não serão capazes de reabastecer os reservatórios de São Paulo.
O Sistema Cantareira, por exemplo, que fornece água para 8 milhões de pessoas na Grande São Paulo, está com 22,2% de sua capacidade, a menor dos últimos 10 anos. Parte do problema se deve ao índice pluviométrico de dezembro (83,1 mm), o terceiro menos chuvoso de toda a série histórica do Inmet.
Villela diz que a previsão é que o mês de fevereiro siga quente, com temperaturas acima da média. (Fonte: G1)
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