ÁGUA: DE NOVO PARA QUE NÃO SE TORNE NUNCA
"No dia 01 de janeiro, o jornal televisivo da GLOBO informou que há duas semanas estão sem água nenhuma, 6 ou 7 cidades da Região dos Lagos no RJ (Cabo Frio, São Pedro da Aldeia e mais 5 outras), assim como partes da cidade do Rio de Janeiro e várias cidades do litoral paulista como Guarujá, Praia Grande e São Vicente.
No Rio, compra-se água mineral em galão para escovar dentes, cozinhar e tudo mais.
Em certa localidade do RJ, a comunidade alugou um banheiro químico. Este fica na rua, à disposição dos moradores cotizados, constrangidos e sem alternativa.
Das concessionárias procuradas, as que se manifestaram atribuem a falta d’água ao excesso de uso. Salientam que investimentos estão sendo feitos e alternativas estão sendo aplicadas para eliminar o problema. Mas o fato é este: falta d’água como problema já é uma realidade gritante.
Itatiba
A Prefeitura de Itatiba se manifestou sobre o tema por meio de sua Secretaria de Meio Ambiente, demonstrando entender que este é um tema ambiental e não um mero problema técnico/administrativo, o que é muito bom. Lamenta-se, entretanto, que o Secretário considere como única alternativa uma campanha para redução de uso pelo cidadão. Parcial verdade.
Desde os debates sobre a renovação do contrato com a SABESP, tem sido recomendada a adoção da construção de represa em Itatiba, para servir Itatiba, como tem sido preconizado em várias instâncias e localidades. Por mais razão em nossa cidade em que os todos os rios, exceto o Atibaia, nascem e deságuam dentro do município. A medida, entretanto, não consta dos planos da SABESP para Itatiba.
Outras atitudes também já apresentadas como sugestão, são, a criação de programa para PRODUTORES DE ÁGUA junto aos agricultores, além do resgate e conservação de nossos pequenos rios e do próprio Atibaia, além da reconstituição da mata ciliar de todos os nossos corpos d’água.
Para registro, em recente palestra da SABESP durante debate na JAPPA, foi informado que a disponibilidade hídrica recomendada pela OMS é de 1500m3/ habitante/ano. Que o nordeste brasileiro tem 500 m3 e que a bacia do Rio Jundiaí tem menos de 250 m3/habitante/ano.
Amigos: a água não vai faltar – já está faltando
Esperamos que esta realidade leve as autoridades, as concessionárias e as pessoas a adequar hábitos e trabalhar com a prevenção e a tomar todas as medidas possíveis para que não se chegue ao desastre total anunciado e já em exibição, como já se verifica em várias regiões brasileiras e no mundo.
Que no mínimo, os fatos convençam os poucos que ainda relutam em aceitar o fato de que o cenário já é dramático e diz respeito a todos e a cada um de nós. Que estes dados levem as pessoas a assumir e apoiar ideias, iniciativas e condutas adequadas à realidade, que não esperará pelas gerações futuras: já atinge a atual.
Trabalhe para um mundo melhor já."
JAPPA (Jacaré Ribeirão Vivo – Associação P/Preservação Ambiental)
WWW.ribeiraojacare.com.br / (11) 4524-3204 / ribeiraojacare@uol.com.br
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