Segundo a agência oficial KCNA, Jang foi julgado por um tribunal militar especial e condenado pelo crime de traição. "O acusado agrupou forças indesejáveis numa facção, da qual era o chefe, e cometeu o hediondo crime de tentar derrubar o governo", declarou a nota da agência.
A execução aconteceu menos de uma semana após Jang Song-thaek ser destituído dos seus cargos no Partido Comunista da Coreia do Norte. O tio do ditador também foi acusado de corrupção e de levar uma vida "dissoluta e depravada" --ele teria tido "relações impróprias" com mulheres, usado drogas e apostado em cassinos no exterior.
Jang ocupava o cargo de vice-presidente da Comissão de Defesa Nacional, o órgão de decisão mais poderoso do país, e era marido de Kim Kyong-hui --irmã do ditador Kim Jong-il, que morreu em 2011 e foi sucedido pelo filho.
Durante décadas, o tio de Kim Jong-un foi uma das personalidades fundamentais da ditadura comunista, chefiada por três gerações de Kim desde o fim da Segunda Guerra Mundial. Ganhou destaque pelo respaldo que ofereceu ao sobrinho quando este dava seus primeiros passos como líder máximo do regime.
PODER CONCENTRADO
A execução do tio é vista por analistas como a última e mais drástica medida do ditador, de idade estimada em torno de 30 anos, para reforçar seu poder dentro do país.
Jang também era visto por observadores externos como o principal defensor de reformas econômicas ao estilo chinês na Coreia do Norte.
Na vizinha Coreia do Sul, há o temor de que a execução do ex-número dois do regime leve a uma instabilidade perigosa ou a ameaças de ataque como as que Pyongyang fez em março, as quais incluíram EUA e Japão como alvos.
EDITADO
Um documentário chamado "O Grande Camarada" exibido pela TV estatal norte-coreana em outubro mostra Jang ao lado de Kim Jong-un. No entanto, as mesmas cenas foram editadas e reexibidas em dezembro, sem o tio do ditador
(Ver Fotos). (Fonte: Folha)
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