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Segundo relatório do Programa de Monitoramento e Avaliação do Ártico em Oslo (PMAAO), o nível dos oceanos pode ser elevado em até 1,6 m em 2100.
A mudança deve literalmente cobrir algumas pequenas ilhas, arruinar vastas extensões de terra utilizadas para plantações e aumentar a intensidade de vulcões ativos e outros eventos naturais extremos. Mesmo tratando-se de um evento relativamento lento, ele deve trazer consequências devastadoras para as cidades costeiras, principalmente as densamente povoadas e de localização mais baixa como algumas regiões de Bangladesh, Vietnã e China, alertam os cientistas.
“Os últimos seis anos (até 2010) foram o período mais quente já registrado no Ártico”, aponta relatório. “No futuro, em nível mundial, o mar deve subir de 0,9 m a 1,6 m em 2100, e a perda de gelo das geleiras e calotas polares do Ártico e da camada de gelo da Groenlândia representarão uma contribuição substancial”, acrescenta o estudo. Os aumentos foram projetados a partir de 1990.
O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da ONU (IPCC, na sigla em inglês) informou em seu último grande estudo, em 2007, que o nível dos mares eram susceptíveis de aumentar entre 18 e 59 cm até 2100. Esses números não incluíam uma possível aceleração do degelo nas regiões polares.
Ministros das Relações Exteriores das nações do Conselho do Ártico – Estados Unidos, Rússia, Canadá, Suécia, Finlândia, Dinamarca, Noruega e Islândia – devem se reunir na Groenlândia em 12 de maio. “O aumento da temperatura média anual, desde 1980, é o dobro no Ártico em comparação com resto do mundo”, disse o estudo. As temperaturas agora estão mais elevadas do que a qualquer momento nos últimos 2 mil anos, segundo o estudo.
Efeito estufa – O IPCC afirmou ainda que é pelo menos 90% provável que as emissões humanas de gases do efeito estufa, principalmente a queima de combustíveis fósseis, sejam responsáveis pela maior parte do aquecimento nas últimas décadas.
“É preocupante que a ciência mais recente indique uma elevação do nível do mar muito mais alta do que esperávamos”, disse a Comissária do Clima da União europeia, Connie Hedegaard. “O estudo é mais uma evidência de como o combate às alterações climáticas se tornou urgente, embora esta urgência nem sempre fique evidente no debate público e no ritmo das negociações internacionais”, disse.
As negociações da ONU para um pacto global de combate às alterações climáticas têm um progresso lento. A ONU diz que promessas nacionais para limitar as emissões de gases de efeito estufa são insuficientes para evitar mudanças perigosas, como inundações ou ondas de calor. (Fonte: Portal Terra)
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