Armstrong foi o comandante da missão Apolo 11, que chegou a superfície da Lua em 20 de julho de 1969. Ao colocar os pés em solo lunar, cunhou a célebre frase: "É um pequeno passo para um homem, mas um grande salto para a humanidade".
Ele nasceu em 5 de agosto de 1930 em Wapakoneta, no Estado de Ohio, Estados Unidos.
Minutos após a família anunciar a morte em um comunicado público, a imprensa do país foi inundada por homenagens ao astronauta. Armstrong, que morava na periferia de Cincinnati, era um homem relativamente recluso e sempre aceitou com relutância o tratamento de celebridade que lhe era dado em todo lugar que ia.
"Além de ser um dos maiores exploradores da América, Neil possuía uma graça e uma humildade que era um exemplo para todos nós", afirmou ontem em Washington o astronauta Charles Bolden, administrador da Nasa, a agência espacial dos EUA. "Quando o presidente John Kennedy desafiou a nação a mandar um homem para a Lua [em 1961], Neil Armstrong aceitou sem reservas."
O comunicado emitido ontem pela família de Neil Armstrong não trazia nenhuma informação sobre velório e enterro do astronauta. "Tanto quanto ele prezava sua privacidade, ele sempre apreciava a expressão de boa vontade por pessoas de todo o mundo e de qualquer status", afirmava o documento. "Neil Armstrong era um herói americano relutante, que sempre acreditou estar apenas fazendo seu trabalho."
Edwin "Buzz" Aldrin, 82, companheiro de tripulação de Armstrong, disse que o considerava um grande "porta-voz" e um "líder" na defesa do programa espacial. "É, de fato, nós não poderemos mais estar juntos como tripulação no 50º aniversário [da Apolo 11], em 2019", disse Aldrin em depoimento à BBC. "Eu aguardava isso ansiosamente", afirmou o astronauta, que foi o segundo homem a pisar na Lua, após perder uma disputa interna na decisão de quem teria a glória de ser o primeiro.
POLÍTICA E ESPAÇO
Num momento em que questões orçamentárias sobre o futuro da Nasa estão em discussão na campanha presidencial nos EUA, os dois candidatos fizeram questão de reagir à notícia o mais rápido possível.
"Neil estava entre os maiores heróis americanos, não apenas deste tempo, mas de todos os tempos", afirmou o presidente Barack Obama em um comunicado. "Sua paixão pelo espaço, pela ciência e pela descoberta, além de sua devoção pela América, vão me inspirar por toda minha vida", declarou Mitt Romney, candidato do Partido Republicano à presidência.
Armstrong, que costumava aparecer em eventos sobre exploração espacial da Nasa, não era muito engajado na vida política americana. A última vez que foi a um evento público em Washington foi para receber uma medalha do Congresso Americano em 2009. A TV da Nasa passou toda a tarde de ontem reprisando o discurso do astronauta no evento.
Após deixar a Nasa e o programa Apolo, Armstrong foi lecionar engenharia aeroespacial na Universidade de Cincinnati, onde se aposentou como professor em 1979. ("Eu sempre fui e sempre vou ser um engenheiro 'nerd', do tipo que usa meias brancas e protetor de bolso.")
No comunicado que transmitiu à imprensa, a família de Armstrong fez um pedido em resposta a questionamentos de admiradores sobre o que fazer para homenagear o astronauta: "na próxima vez que você estiver caminhando ao ar livre em uma noite limpa e vir a lua sorrindo para você, pense em Neil Armstrong e pisque o olho para ele." (Fonte: Folha/ RAFAEL GARCIA)
Foto: O astronauta Neil Armstrong, primeiro homem a pisar na lua, em foto tirada pelo seu colega Edwin "Buzz" Aldrin.
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