O pugilista do país encarou a torcida contra e eliminou o britânico Anthony Ogogo na semifinal da categoria até 75 kg. Com total domínio das ações a partir do minuto final do segundo round, ele conseguiu abrir contagens e garantiu pelo menos uma medalha de prata.
Ilustre no Reino Unido por ter participado de um programa reality show na TV e por estrelar campanhas de moda, Ogogo contou com o apoio barulhento da torcida local, mas não conseguiu fazer frente ao capixaba, que triunfou pelo elástico placar de 16 a 9.
Esquiva foi o primeiro dos irmãos Falcão a tentar consumar o sonho de uma final olímpica para o Brasil. À noite em Londres, 18h em horário brasileiro, será a vez de Yamaguchi encarar a sua oportunidade de ir à decisão. O irmão mais velho desafia o russo Egor Mekhontcev na semifinal da categoria até 81 kg.
Nesta sexta(10), os dois adversários da semifinal dos médios se conheciam bem, pois já haviam se enfrentado no Mundial de 2011 no Azerbaijão, quando Esquiva eliminou o britânico Ogogo [o brasileiro foi medalha de bronze nesta competição].
O combate começou com o britânico aproveitando o calor da torcida e sendo mais agressivo. Por várias vezes, Esquiva teve de apelar a clinches para evitar levar pontos, mas também contra-atacou e conseguiu segurar o empate em 3 a 3.
No segundo giro, o capixaba conseguiu algumas boas combinações e, principalmente nos segundos finais, dominou as ações e abriu três pontos, com 6 a 3 (total de 9 a 6). Com a vantagem, Esquiva conseguiu abrir uma contagem no início no terceiro round, segurou bem a luta e confirmou o melhor resultado na história do boxe brasileiro.
Na final, o brasileiro encara o japonês Ryota Murata, que venceu o uzbeque Abbos Atoev, por 13 a 12. A disputa pelo ouro acontece às 17h45 deste sábado (horário de Brasília).
Para chegar á semifinal, Esquiva Falcão Florentino havia derrotado Soltam Migitinov, do Azerbaijão, na estreia, e o húngaro Zoltan Harcsa nas quartas de final.
Até Londres, o boxe brasileiro havia conseguido como o seu maior desempenho o bronze de Servílio de Oliveira nos Jogos de 1968, na Cidade do México (categoria mosca, até 51 kg). Depois de 44 anos, Adriana Araújo foi a responsável por quebrar o jejum do país, igualando Servílio. Os irmãos Falcão também chegaram na zona de medalhas e, com isso, confirmaram a melhor campanha verde-amarela na história da nobre arte em Olimpíadas.
Antes dos irmãos Falcão, a Olimpíada deste ano já havia visto uma brasileira no pódio do boxe. Adriana Araújo foi derrotada pela russa Sofya Ochigava na semifinal da categoria até 60 kg e conquistou o bronze, livrando o país de uma espera de 44 anos por uma medalha. (Fonte: Bruno Freitas/UOL, em Londres (Inglaterra))
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