No domingo, 3 de março, Lula foi internado no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, por causa de uma pneumonia. Segundo o médico, a doença é efeito da baixa imunidade causada pelo tratamento contra o câncer na laringe.
"O tratamento ao qual o presidente fez é extraordinariamente pesado", afirmou. O tumor foi diagnosticado em outubro.
Katz disse que novos exames foram feitos para detectar a presença de tumores e nada foi encontrado. Segundo ele, porém, os exames não são conclusivos porque a radioterapia, terminada em 17 de fevereiro, ainda tem efeitos sobre o organismo do ex-presidente.
"O inchaço não permite uma avaliação adequada." O médico explicou que o ex-presidente sente incômodo para se alimentar.
De acordo com o médico, Lula não tem mais febre e está se sentindo bem. No entanto, ele afirmou que não há previsão de alta. "Seria precoce mandá-lo para a casa, por exemplo, hoje."
Os exames feitos hoje identificaram a doença, mas não se sabe qual foi o agente causador, que pode ser um vírus, uma bactéria ou um fungo.
Os médicos do ex-presidente também não estão permitindo visitas. Katz afirmou que a medida serve para dar um "descanso na corda vocal".
Os deputados petistas João Paulo (PE) e Jilmar Tatto (SP) tentaram encontrar o ex-presidente no hospital, mas foram impedidos. "Os médicos disseram que Lula passa bem. Está sem febre e tomando soro em companhia de dona Marisa", disse João Paulo.
O governador de Pernambuco e presidente do PSB, Eduardo Campos, tinha um encontro marcado com Lula para discutir o apoio do partido à candidatura do petista Fernando Haddad. A reunião, porém, foi cancelada.
Durante o tratamento, o ex-presidente manteve uma intensa agenda política. Só no hospital foram 34 encontros. (Fonte: Folha.com)
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